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2008/05/08

As crónicas vencedoras...

Publicamos hoje as crónicas que venceram o nosso concurso literário.

É sempre difícil escolher um vencedor... Ora o Júri leu e releu todos os trabalhos; ponderou critérios; pontuou criteriosamente... e uma vez que decidiu... está decidido!

PARABÉNS aos nossos escritores!

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Escalão A - 2º Ciclo

1º Lugar
Ser modelo: universo de ilusão

Um mundo cheio de glamour, brilho, dinheiro, fama… é como normalmente se imagina a vida de um modelo, não tanto os modelos fotográficos, mas sobretudo aqueles que desfilam numa passerelle.
O mundo da moda é o sonho de qualquer rapariga: usar roupas de alta-costura, aparecer em capas de revista, conhecer gente famosa, enfim ser uma grande estrela!
Infelizmente, para se percorrer esse caminho, as coisas não são somente flores… Enganado está quem pensa que a profissão de modelo é fácil e só tem honrarias.
Exige-se uma exagerada preocupação com a aparência física. Afinal o seu corpo e o seu rosto são os seus principais instrumentos de trabalho.
Existem milhares de garotas perfeitas querendo alcançar o mesmo objectivo. Por isso, todas odeiam todas. Há sempre um clima competitivo no ar. Quem tiver o corpo mais magro e mais bonito ganha o desfile… E quem o não tem, faz milhares de coisas para conseguir aquele papel. Dietas malucas, exercícios exagerados. Tudo por um sonho, nada pela saúde.
Nunca há um horário de trabalho certo. Viajar torna-se um hábito que os torna pessoas solitárias, muitas vezes em países cuja língua desconhecem.
Quando a fama bate à porta cedo demais, pode deslumbrar; quando a fama demora, a modelo pode ficar com a auto-estima abalada.
Muitas moças ganham num mês o que o pai ou a mãe ganham em dois anos. Mas o mundo da moda é um mundo cruel: hoje pode-se ser o alvo da moda; amanhã pode-se não passar de mais uma modelo. Ou de uma ex-modelo...
Se se tiver sorte, a carreira pode durar quinze anos no máximo, pois qualquer modelo tem prazo de validade.
Eu conheço este meio, sei do que falo. E deixo um conselho: quem não estiver psicologicamente preparado para suportar tanta competição e tanto sacrifício será certamente mais feliz vendo desfilar os outros...
Mais: qualquer um que abrace esta carreira tem à mesma de estudar e preparar o seu futuro... na esperança de que este não seja tão duro!...

Ingrid Medeiros, 6º G



Escalão B - 3º Ciclo

1º lugar ex-aequo


A moda feminina

Hoje em dia, a moda é muito importante para os jovens, principalmente para as raparigas. E a moda não é só a maneira de vestir, são também os actos vergonhosos que muitas delas praticam.

Tudo começa antes de saírem de casa, quando se olham ao espelho, quando se arranjam e pensam:
-É melhor pintar-me de vermelho, é mais provocador!
E depois é a maneira de vestir:
-Esta “mini-mini saia” fica-me bem ou levo outra ainda mais curta? Quanto mais “chicha” à mostra, melhor!
Levam top preto e soutien cor – de – rosa, (para contrastar e se notar mais), e, nas aulas, isto é, quando lá vão, fazem cenas do tipo: encostam-se ao colega do lado e puxam o soutien para baixo.
Estes, incomodados com a situação, dizem-lhes:
-Olha, o soutien está-te a cair!
E elas dizem para o soutien:
-Ai, já me estou a passar contigo!

Quando não vão às aulas, ficam dentro do recinto escolar, sentadas ao colo do chamado “damo”, a gozarem com tudo e com todos, e quando não fazem isso, ficam a “curtir” pelos cantos com os grandes “ boys”.

Eu acho que elas não precisam de se mostrar tão provocadoras, pois dão cabo da nossa concentração... Elas já são tão bonitas que nos distraem da qualquer maneira!

Se calhar, não ficavam mal umas normazitas no Regulamento Interno da própria escola… e alguma educação em casa…

Daniel Araújo, 7º A



Escalão B - 3º Ciclo

1º lugar ex-aequo

O mau comportamento dos alunos

Há tantas escolas e tantos temas que podia abordar, mas vou falar de um que é comum a todas elas: o mau comportamento dos alunos. Alunos como eu, como os que há na minha turma e em muitas outras, alunos que não dão valor ao sacrifício dos pais, professores ou mesmo funcionários, mas que um dia, irão, de certeza, depois de reflectir, ver como foram pouco ajuizados e ignorantes.


Se todos nós pensarmos com carinho no nosso tempo no ensino básico, vamos, concerteza, sentir saudades dos nossos professores e veremos como eles eram bons, carinhosos e pacientes e valorizaremos então o esforço que fizeram para nos ensinar muito do que sabemos hoje.
Muitos de nós, pensam que vão para a escola para brincar ou passar o dia com amigos e colegas. Mas não! Todos devíamos deixar as brincadeiras, sermos mais responsáveis e vermos a escola como o nosso futuro. Todos nós esquecemos o sacrifício que os nossos pais fizeram para não nos sentirmos diminuídos perante os colegas, para não termos falta de nada e, em compensação, levamos a caderneta com más informações.
Os nossos pais mostram-se zangados, castigam-nos, mas sabe Deus a tristeza que sentem ao ver o nosso comportamento…
E nós vemos os professores como uns chatos que têm manias, que implicam connosco, por tudo e por nada, e muitas vezes achamos que eles nos odeiam mesmo! Então compensamo-los com uma barulheira infernal, não nos aplicamos nos estudos, criticamos… e, por vezes, até insultamos os nossos queridos professores.


Um dia teremos de dar valor a tudo isto e, de certeza, veremos que tudo o que os professores diziam ou exigiam era para nosso bem. Nessa altura, iremos ver como a professora ou professor era “fixe” e fazia tudo para nos ajudar…
Eu gostaria de mudar e fazer mudar os outros, pois os professores só querem o nosso bem e lutam por uma sociedade melhor.

Sandra Carvalho, 7ºA





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